Tudo o que você precisa saber sobre melasma
Se você faz questão de aproveitar o sol com frequência, fique em alerta, pois é comum que manchas escuras surjam na região da face ou em outras partes do corpo normalmente expostas no dia a dia. Mas, afinal, o que fazer para que elas não apareçam? E se já apareceram como tratá-las? Muitos não sabem, mas existem diversos fatores que envolvem tal transtorno dermatológico.
Para falar um pouco sobre o melasma, suas causas e precauções, consultamos os médicos dermatologistas Guilherme Graça Cardoso e Luz Marina Hannah Grohs. Confira algumas questões importantes respondidas pelos especialistas e saiba quais são os tratamentos disponíveis.
Afinal, o que é melasma?
O melasma é uma hipermelanose (mancha escura) que surge ao longo da vida, geralmente em mulheres entre 20 e 40 anos, mais frequentemente nas regiões da testa, nas bochechas, acima dos lábios e na lateral do rosto. Também afeta o público masculino e pode ser identificado como manchas acastanhadas, de formatos irregulares e contornos bem-definidos. Podendo acometer todos os tipos de pele, o melasma não tem cura, mas pode ser evitado com medidas preventivas e melhorado significativamente com tratamentos guiados por especialistas.
Atualmente, o melasma facial é subdividido em três tipos, por região afetada: centrofacial (testa, nariz, ao redor da boca, queixo e maçãs do rosto), periférico (quando afeta as áreas mais próximas à linha de implantação dos cabelos, perto das orelhas e a região da mandíbula) e combinado (lesões centrofaciais e periféricas), sendo o último o mais comum.
Causas e prevenção
Com fatores desencadeantes, o melasma pode surgir durante ou após a gestação, por conta do estímulo hormonal. Uso de anticoncepcionais, predisposição genética, terapias hormonais, estresse e, principalmente, exposição solar também são possíveis causas. A radiação ultravioleta estimula a produção de melanina, por isso a queixa frequente de escurecimento e aumento das manchas após temporada de férias, quando o contato com o sol costuma ser maior.
Recentemente, foi identificado que a luz visível presente em fontes de luz natural (corresponde a 40% da radiação solar) e artificial, como lâmpadas fluorescentes de LED, telas de celular ou computador, pode acarretar problemas de pele como o melasma. Portanto, é fundamental que o protetor solar seja utilizado diariamente, independentemente de o dia estar ensolarado ou não. Para manter os cuidados necessários, os profissionais da área indicam algumas precauções:
– Utilizar um bloqueador solar de alta proteção (FPS 99) diariamente, reaplicando-o a cada 4 horas, de preferência com fator físico (cor do filtro) para bloquear a luz visível.
– Evitar horários impróprios de exposição intensa ao sol e usar acessórios como chapéus de tecidos para a proteção.
– Manter uma rotina de clareadores diurnos e noturnos, de acordo com a prescrição do seu dermatologista.
Tratamentos disponíveis
É importante sempre buscar um dermatologista para a avaliação da pele e a indicação correta do tratamento a ser seguido. Dependendo da evolução e do histórico, é possível associar ao tratamento domiciliar tecnologias como laser específico para melasma, peelings químicos, IPCA (indução percutânea de colágeno na pele), drug delivery de clareadores por máquina especializada (MMP) e outros. Além disso, podem ser usados medicamentos orais que auxiliam na fotoproteção, clareadores e antioxidantes, conforme a necessidade de cada paciente.
Atenção!
É o médico dermatologista que indicará o melhor tratamento para você! O melasma não tem cura, mas pode ser controlado com uso de produtos, técnicas e rotina adequada. Submeter-se a tratamentos sem supervisão médica pode desencadear ou piorar o quadro das manchas.